segunda-feira, 9 de junho de 2008

Profanas sensações


Te olho nos olhos
E preciso olhar demoradamente...
Preciso encontrar o que está por dentro de sua alma
Preciso tocar nisso tudo...nesse nadinha que é um tanto quase cheio
Meus dedos estão sempre nervosos
Estou olhando...
Examinando dentro de seu corpo
Seus segredos mais íntimos
Seus pecados molhados...vivos...
Sentindo suas mãos loucas explorando novos mundos em meu corpo
Arrancando-me arrepios,
Descobrindo sensações...
E um tremor mais que doce... quente
Me entrego à essas mãos de epiderme borbulhando o desejo
Exalando o que há de mais terno.
Me perco e te encontro entre toques... Suspiros
Todos leves...
Todos seus
E nunca acaba...nunca pára...
Não descansa... nunca cansa...
A noite não acaba antes do fim da madrugada
Nossas mãos entrelaçadas assim como nossas almas
Sua virgindade profana
Se confundindo com os cheiros e as palavras
Palavras meio soltas... proibidas
E eu sinto levemente
Seu corpo, seus músculos, sua pele,
Seu suor, os gemidos, seu sexo,
Tudo girando em meus pensamentos
Aumentando o ritmo
E eu, simplesmente, te acompanho
Até o exato momento em que você pára querendo não parar
Fecha os olhos e morde loucamente as próprias palavras
Te seguro com as mãos firmes
Quero te mostrar que me pertence
Você me sussurra suavemente em seus delírios
Conjuga as sensações em todos os tempos
E eu gosto é disso
E eu quero isso pra sempre...
Esse riso tímido e provacante
Essa inocência ensaiada
O emaranhado de frases sujas e úmidas
Que cortam o ar, ofegantes
Te sinto por uma fresta
E vejo como é lindo o palpitar de todo o seu corpo
Derretendo-se...
Derramando em meus lábios vestígios de seu prazer.


(Por: Livia Queiroz)
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