segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Forma própria

Eu fiz uma promessa:
Nunca deixaria minha imagem distorcida
mesmo que todos os espelhos fossem extintos.

À cada dia que passa me convenço mais que
essa imagem não é exatamente aquilo que eu esperava que fosse,
(pelo menos tinha vida própria há alguns anos atrás e meu conceito de
felicidade era mais plausível)
Quando li as cartas que escrevi, tive a certeza de que ESSA não sou eu...
E que embora tenha feito parte de mim, ja joguei fora há muito tempo
os sonhos de uma vida de "porta-retratos".

As idéias estúpidas vêm concordar comigo sempre!
Aprendi numa época qualquer que: "Tudo é muito importante"
(e nem são tão importantes assim as coisas que faço...)

Tudo corre bem em seu ritmo "tic-tac" enquanto os mais radicais falam em sair da rotina, comer apenas o que é verde, escutar sons da natureza, não vestir peles...
e Outros fodem o resto do ozônio e mal sabem quanto tempo leva uma latinha de cerveja pra se decompor

Basicamente isso: Uns ferram com tudo e outros tentam concertar.

Mas não era isso que eu queria dizer...
ultimamente as palavras que tenho posto no papel
têm tomado forma própria, e acabo desejando uma coisa e escrevendo outra.
Com o passar de todos os tempos toda essa pouca filosofia de vida morre também
e assim morrem os poetas, os amantes e os amores. Até que outros renasçam.

E os espelhos, esses sim, são o meu carma, que embora nunca me digam nada,
incomodam-me com seu silêncio.

Entre as palavras secas e úmidas que costumo usar dia após dia
vou deixando uns rastros na esperança de ser encontrada...
Sem distorções!


(Por: Livia Queiroz)