- Alô
- Oi Naty, sou eu, Lara.
- Oi, como vai?
- To com saudade.
- Que bom!
- Não tenho conseguido ficar sem você. E olha que eu to tentando me acostumar, mas...
- Entendo.
- Eu... Eu...
As palavras de Lara se embolavam na boca tornando traiçoeira a tentativa inútil de comunicação. Por fim, Natália concluiu:
- Eu não posso falar agora, depois conversamos.
- Acabou? Acabou tudo?
- É acabou. - respondeu Natália friamente.
Era amor "de mais" para importância "de menos". E no mais, até onde se sabia, Natália havia encontrado alguém, estava namorando e parecia estar bem feliz...
Nada podia ser feito, mas persistia em Lara a necessidade do abraço, o último que fosse muito mais por se sentir segura nos braços de Natália do que por qualquer outro motivo. Não era tentativa de reatar, era apenas o medo de ir-se sem ter oportunidade de se despedir, já que não sabia que rumo as coisas tomariam e não tinha mais ninguém com quem quisesse compartilhar o que quer que fosse.
Suspirou tristemente, tentando exalar um pouco de coragem para lidar com tudo aquilo. Estava só e conformou-se.
“Deus, me ajude.", pedia enquanto andava de um lado pro outro dentro do quarto.
[CONTINUA...]
POR: LIVIA QUEIROZ