quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Pequena

A pequena que eu amo me deu um mundo de bolhas de sabão
E me trouxe amor pra fazer chover dentro de casa
A pequena que eu amo é a maior de todas
e é por ela que limpo a alma,
aprendo umas mil fórmulas que nunca usarei...
É por ela que faço músicas com tendência a altar,
e é por ela que meus pés estão quentes agora.

A maior de todas me desvendou com um acorde
e me despiu com um olhar discplicente.
Ah, e hoje me tira do sério, do seio. O anseio.
É o que eu quero querer.
Causa uma arritmia suave da cor castanha de seus olhos,
que quero ver de perto...
Quero ver mais de perto
do que esse olhar é capaz todo dia.

A pequena,
essa a quem amo sem pedir licença
atende por um nome que me estremece a pronúncia.
Ela é toda uma única sílaba tonica.
E é o único ímpar a que em refiro
sem a pontada supersticiosa.

A pequena - nem tão pequena assim -
que eu amo descaradamente,
faz essas palavras se juntarem agora
em um contra-tempo marcado
por nossos pés envergonhados.

Ela combina meu ritmo
com seu arranjo pronto,
e faz dessa música o amor perfeito
a ser colhido nas saudades ligeiras,
nas ausências costumeiras,
nas palavras corriqueiras...

(Por: Livia Queiroz)