Não revelo os teus segredos e nem o teu sumo doce e uno.
Soletro o nome baixinho e aguardo uma resposta, penso no que escrever, no que dizer para convencer-te a proferir a palavra mágica e quebrar o encanto.
O chão continua sujo, mas voltei à minha serenidade, pois, redescobri que tudo continua acontecendo:
As pessoas andam esgotadas
Os rostos cospem suor e cansaço
Os olhos digerem misérias e medo.
Porque me cansar tanto, se no fim das contas você não me surtiu efeito?
Eu ando só, mas não acompanho a solidão...
Tenho uns amigos poucos; umas taças e uma garrafa de vinho; um violão e uma boca que me sacia a sede e sacia-se também.
Ligeiramente.
Acostumei-me. Habituei-me.
Escapo do caos sempre que posso, corro pro vento e confio meu corpo a mim mesma, sirvo-me apenas de uma leve faísca de tudo que não me permiti.
Estou satisfeita e à vontade.
Uso. Desuso. Resisto. Insisto. Proíbo. Permito.
Olho pros dois lados, atravesso e a festa começa... Tin tin
(Por: Livia Queiroz)