quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Como é que se diz: "Acabou"?

Não aprendi exatamente o sentido dessa palavra... Confesso que nenhum outro verbo tinha doído tanto até hoje.
Eu só queria entender.
Eu não vou pedir nada(como sempre foi), também não vou tentar argumentar... Só que "Acabou" tem um peso sombrio pra mim, ainda que eu finja o contrário, sustentando a máscara de 'Boa Menina'! Sempre gostei muito das palavras, mas havia esquecido que essa existia!

Existe uma possibilidade enooooorme de você ler isso aqui, mas saiba que nada disso é pra te machucar...te ferir.

Não é pra te deixar do jeito que eu estou.

Escrevi isso há alguns dias e terminei ontem(03/09/08) à noite...



"Essas noites andei pensando...

Lembrando de quantas coisas tenho renunciado
De quantas coisas tenho deixado pra trás...
Quantas palavras frias ando engolindo...
E não é por medo, é por não ter medo do que elas representam!

E eu que tinha tanta paciência pra esperar
agora já não tenho mais tempo.

Essa dor que se entrelaça no meu peito,
é certeza de sede saciada para os poetas

Não vou te ferir com os tons que possuo...
Mas cansei de viver "fazendo das tripas coração"
Eu não vou repetir mais as mesmas coisas,
"Eu te amo", pela última vez.

Falei que aguentaria o "tranco", que suportaria e blá blá blá,
o que eu não sabia era que a vaga a ser preenchida era pra "saco da pancadas"

Não quero as esmolas, nem os seus restos nos fins de semana
Não quero nossos sexos juntos por obrigação
Não é contrato...
Não é favor...

Desculpe se te peço um pouco mais de água
É que nesse momento minhas raízes estão frágeis.

o tempo é meu inimigo mais cruel(nesse momento), e você não vê
E nem calcula o peso exato da sua indiferença
não preserva os gostos bons.

Joga um tapete no chão para que eu possa esconder essas palavras...

Mas eu não vou esconder nada:

Hoje, pela primeira vez, te ver foi "normal".
Vi mas não olhei...desviei meus olhos para o chão rapidamente.
Foi bom!
Acho que estou me curando!
Hoje não tive coração acelerado, nem pernas trêmulas.
E nem quis carinho algum, nem beijo. Nada.

Lá vou eu de volta ao velho canto...
Sem sentido e sem encanto"


Por: Livia Queiroz

"Num dia frio lendo um livro" (Sugestão de Djavan)