Há muita dor pelo mundo inteiro.
Há fome, frio, sede, violência, amores roubados, amores perdidos... Há muito do
que se queixar, há muito do que se amargurar. Mas o bom da vida é ter o dia
seguinte pra levantar a cabeça.
De tudo que tenho lido, tenho
notado uma reclamação imperar: a ilusão.
Me pergunto o que seria a ilusão...
À seu modo, cada um define e sente como pode e isso dá até uma certa beleza ao sentimento, mas no fundo, nas partes mais internas do ego, se autoafirmar um iludido é assinar um atestado de incompetência na relação findada, aceitar a posição de coitado e usar uma coleira de vítima-abusada-ferida e sem perspectivas.
Me pergunto o que seria a ilusão...
À seu modo, cada um define e sente como pode e isso dá até uma certa beleza ao sentimento, mas no fundo, nas partes mais internas do ego, se autoafirmar um iludido é assinar um atestado de incompetência na relação findada, aceitar a posição de coitado e usar uma coleira de vítima-abusada-ferida e sem perspectivas.
Definir-se iludido (a) por alguém
é dizer que é panaca mesmo, sem cerimônia. É admitir que alguém fez promessas e
não cumpriu e você não foi adulto o suficiente pra encarar a frustração sem dar
showzinho de criança que quer brinquedo que não pode.
A ilusão fica até bonita na
história, se a história em questão for um conto de fadas cujo príncipe vai
sempre aparecer no final e o “felizes para sempre” vai definir todos os dias
seguintes. Mas pode crer, na vida real isso seria um saco!
Quem se deixa iludir o faz porque
quer ego alimentado por promessas tolas, no fundo conhecemos o nosso canalha
interior e reconhecemos o do outro também, o problema é querer ser Cristo quando
as vestes combinam mais com as de Judas.
Vamos então pagar de humanos que
somos e acertar nossas contas de forma justa, sem denegrir o outro na lama de
nossos desejos não atendidos. Vamos aprender a suportar com destreza nossas
dores e encarar nossas carnificinas com dignidade.
Ilusão é pra quem não entende que
ao entrar na chuva mesmo com capa, algumas gotinhas hão de molhar...
Por: Livia Queiroz