sábado, 25 de setembro de 2010

EXAGERO!

Aprendi a te deixar ir embora por quantas vezes queira e a não sentir falta quase nenhuma - eu vou ler um livro, escutar umas músicas, soltar amarras.
Já sei que posso esperar tudo de você - e esse tudo também é quase nada - e de qualquer outra pessoa. Você se tornou outra pessoa...
Ora, ora. Quanto exagero!
Mas o exagero é o luxo que me presenteio quando percebo que por mais que diga que não, você sempre volta, e mesmo que não me dê, a vontade fica tão explicita na voz molenga, no dengo maldoso...
E ainda assim com a cara mais lavada me pede pra ter calma?
Calma eu tenho meu amor... Toda calma do mundo! E a cama também; e o carma; e a alma... Tenho mais do que merece!
Amor, nem tanto, ou talvez tenha ainda. Essas idas e vindas deixam um nó bem no meio do caminho e não fazem gotas, nem diferença alguma.
Exagero?!
Nego-me a acreditar que a próxima vez vai ser diferente. O curso das coisas são sempre iguais(e você não tem criatividade alguma), começo e meio, porque fim, parece que encontro e você não me deixa chegar lá...
Ora ora... Quanto exagero!!!


Por: Livia Queiroz

ESCRITO EM JUNHO DE 2009