sábado, 16 de outubro de 2010

Vem

Vem, afunda-me a carne
Mastiga, resgata-me
da forma mais remota.

Vem, cerca-me do que é teu
Bebe da minha sede
- fonte pecaminosa -
Prova todos os meus sabores da alma
Do gozo santo de todo dia.

Vem, prova-me aos poucos
em pequenas colheradas
e o que sobrar,
derrama em tua cama
e faz de mim teu exílio

Se der tempo,
quando a noite aparecer
me põe na cama,
e me esconde do frio com teu corpo!


Por: Livia Queiroz