domingo, 4 de novembro de 2012

Epílogo sem nº

Ver seu nome em outra pessoa já não me gela mais o coração
Ver alguém que fez parte de nosso tempo já nem me faz lembrar tanto assim
Lembrar de você, de quem você é, do que você não é, das coisas que fez e das que não fez, ja não me é tão penoso.
E se me perguntam: "o que houve?", eu digo: "já passou, pra que mexer no que doeu por causa nenhuma?"

Te ver indo embora dando desculpa esfarrapada foi um rebuliço bom
Te ver discursando o quanto se importava comigo matou um pouco a fome de meu ego

E então lembrei, que quando te beijava, quando te tocava eu pensava: "quero isso tudo, porque um dia vai acabar"
E não é que acabou?

Olhar essa historinha desse ângulo é de uma perfeição incrível
Olhar pra isso hoje me faz interromper o pensamento do "se..."
Porque "se..." não é nem certeza de futuro, é garantia de "impossibilidade"

Eu gostaria de saber se você consegue dormir bem como eu consigo
Sem afronta, eu juro.

Em mim o que é engraçado agora é a luta se findando
A razão vai vencendo com bravo heroísmo e aí o bla bla bla de sua mesa de bar não tem mais efeito
Aquilo que você cantarola na roda de amigos dizendo: "Quando eu quiser ela volta", é só enredo.
É frase mal curada.

Ela não volta quando você quiser
Nem quando ela quiser
Ela pediu um tempo pra se revelar e se conhecer
E na batida suave fez uma coisa pra dizer "tchau, até mais"

Agora puxa o gatilho
Joga o dadinho
E paga pra ver
Uma mulher sem mágoas
E sem um pingo de lágrima
Nem boa vontade
Nem coragem
E com toda paciência do mundo
Pra dizer em alto e bom som:
"A festa começou faz tempo"