domingo, 27 de julho de 2008

DO FUNDO DO BAÚÚÚ

ESSES DIAS ANDO MEIO SEM CRIATIVIDADE. NÃO TENHO ESCRITO NADA QUE PRESTE... ENTÃO ENCONTREI ESSE TEXTO(OU POEMA, NÃO SEI BEM O QUE ISSO É) PERDIDO NO MEIO DE UMAS COISAS E RESOLVI POSTÁ-LO.

Oposto em lados

Não tenho amor dentro de mim e nem do lado de fora.
E nem nada que lhe interesse.
Botões de rosa que jamais desabrocharão,
E pedras trincadas que nunca mais voltarão à forma original.


Porque eu pinto sonhos nas noites mais felizes do outro lado da rua.
E solto todos os pássaros presos na sua gaiola.
Porque eu fecho os olhos e o sono não me vem.
Eu tenho pressa e quero dormir antes que o Sol nasça...


Não quero brilho algum em meu rosto...
Não quero proteção e nem palavras...
Abraços também não vão ser atalhos pro perdão...
Não tem jeito!


É o destino alterado.
O tempo do avesso
E o vento na claridade não consigo ver.
Não dá pra enxergar direito, é o lado oposto de cabeça para baixo.


É estranho assim, mas ta tudo vazio demais e não temos o plano B.
Você nem cabe mais nos meus ombros largos.
E nem me sinto livre andando com suas pernas,
Caminhos malditos que escolhemos pra sumir.


Horrores, dores que caçamos
Sem sequer nos perguntar onde estava o antídoto.
Qual era o contra-feitiço.
A desintoxicação.


Lutas perdidas.
Pancadas e atropelos.
Um atrás do outro pra não se perder,
Inútil, já nos perdemos.


(Por: Livia Queiroz)