quinta-feira, 28 de abril de 2011

Borracha de Deus


Hoje achei que Deus
brincando de menino-arteiro
apagou maroto um dia do calendário.

Ri de mim mesma,
Deus riu também,
achou graça da confusão.
Deve ter dito com aquela voz grave:
"Te perdôo pequenina,
Tu não sabes o que pensa"

Quando terminou
o dia que pulou
(que ainda desconfio ser graça de Deus)
a chuva escorria pelo vidro
parecendo pequenos rasgos
na superfície.

Nunca inspirei
expirei
e transpirei
tanta liberdade num dia só.
E tinha o valor que eu dava, de repente.

Livre. Agora sim.

Em paz!




(Por: Livia Queiroz)

sábado, 16 de abril de 2011

Autoformas

Algumas – muitas – vezes maltratei as pessoas que me afetaram com coisas poucas. Tudo por conta do orgulho que me nego a admitir, já que é mais cômodo mascará-lo de dor – eis a sombra de um egoísmo que me enovela a alma em certas circunstâncias.
Às vezes não consigo deixar de usá-lo... Não abro mão desse orgulhozinho-egoísta que maltrata o outro e a mim mesma. Afirmo que sou movida à amor, e aí fico meio demagoga.

Eu sou “careta”(leia-se intolerante) com as 'mancadas' dos outros – os que me afetam sobremaneira.
A minha liberdade, a que tanto prezo, é posta à prova quando berro “minhas tão absolutas” verdades.
Eis o meu pior. A minha dor exposta de forma que fira a quem embarace o que chamo “de meu caminho”.

Em alguns momentos, sou má, tenho essa capacidade, esse instinto traiçoeiro que afoga, que fere, que sobrecarrega qualquer coisa. Faço uso, por vezes, de uma displicência quando o assunto é o equívoco alheio. Sofro dessa patologia humana, dessa forma cruel de ser carne e osso.

É preciso que morra dentro de mim o pedaço esmagado do coração.


(POR: LIVIA QUEIROZ)


P.S.: A CONSPIRAÇÃO...(rs)

- SORTE DE HOJE(ORKUT):
"A mudança é a lei da vida"

- BISCOITO DA SORTE:
"A boa companhia é um bom técnico."

sábado, 9 de abril de 2011

"..."

Conheço um “tantão” de gente que passa a vida reclamando da vida. Como se arassem um solo infértil.
E, pior, muitas vezes me peguei cometendo a mesma estupidez. A mesma canalhice de achar que o que deu errado uma vez há de dar sempre.
Que as pessoas que eu magoei mereceram e que as que me magoaram não “prestavam”.
Que fui injustiçada por ter colhido frutos podres.

Algumas vezes me dei mal por ter escolhido, outras vezes escolhi me ferrar sem saber, e outras por que me dei mal mesmo e não tem explicação. E eu não conheço um ser maduro que não tenha sujado o corpo com lama.

É preciso serenidade para viver a vida do jeito que tem de ser. É preciso paz interior para alcançar o êxtase do amor, da existência... Para alcançar o encanto da simplicidade.
E é preciso simplicidade para preparar a terra em que pretendemos plantar.



Por: Livia Queiroz