Música ao Fundo: Sen.Ti.Men.Tos (Ana Carolina)
P.S.: Eu não sei declamar, sou apenas cara de pau!
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Essa história de que amor acaba, penso agora – caso não mude de idéia – é pura balela, conversa fiada. Coisa de gente que cansou de provar o sabor do todo ou de procurá-lo.
O amor, aquele de último estágio, o que transcende o ego e ultrapassa o entendimento humano, esse amor não acaba, não escorre, não evapora. É modelado, enternecido, é guarnecido de toda superexistência. Ele supre e entope o espírito.
Tem gente que para no meio do caminho porque se perde e não consegue mais encontrar ou porque quando cambaleia esse tal amor, outros tantos cacos vem pular os muros da alma adentrar janelas, pichar as ex-brancas paredes.
Todo mundo esquece que é necessário se apaixonar todos os dias. Aí fica acumulado dia após dia as palavras, os tempos verbais, os adjetivos que são para servir de elo. As coisas todas que merecem soar como a música dos anjos, óperas e mais óperas de legiões.
O amor não acaba. Ele não nasce pra acabar.
Por vezes ele é subornado pelo orgulho, sem nem saber que o é. Ou seqüestrado pela fraqueza, trocado por mentiras e por todas as tolas avessas que não sossegam enquanto não secam a alma.
(Por: Livia Queiroz)
