segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Esconda-me...

Esconde-me da solidão,
Faze-me ser como antes: de coração um pouco mais duro,
e face mais encrespada
Ajuda-me a ser de novo como o vento
que em suas passadas nunca ficam no mesmo lugar
Desfaz-me esse destino
ou desatino[?] : prisioneira livre de novo num mundo tão povoado...



Esconda-me da solidão
Faça-me renascer num colo qualquer
Inventar umas boas maneiras de novo
Qualquer coisa concreta
e como dantes: de poucas palavras!


Faze-me voltar ao lugar no topo
Ajuda-me com um caminho novo
Porque o que há de oco e vago
Me Consome à procura de um pouco mais
E não há nada pra preencher.
Só há mesmo o que esconder.


(Por: Livia Queiroz)