sexta-feira, 22 de maio de 2009

Bicho Solto



E vem uma suposta crise...
Adicionar imagemPutz, crise não!
Essa palavra deprime.

Mas vem o desacerto, as conclusões precipitadas e o mais além de não saber o quê.

Eu prefiro acreditar que é uma fase ruim, e que me perdoem os garotinhos e garotinhas de plantão, mas só pode ser a “adolescência literária”.
Essa coisa rouca, magricela e anoréxica, indefinível de nem saber que rumo seguir.
Nada parecido com Camões, Vinícius ou Drummond será escrito por mim, pois a complexidade escolhida da forma mais simples é inalcançável por meus dedos inexperientes; Nelson Rodrigues, Fernando Sabino, Bukowski têm um molejo, um gingado, uma coisa que nem de longe acompanho com minha pobre escrita.

Não tem nem lá nem cá. Nem conto. Nem rima. Nem poesia, prosa muito menos. Nada de crônicas.


Essa ‘linha’ que ouso seguir é mais ousada do que eu e parece nem levar a canto algum.
Fico de um lado pro outro com uma insistência remota, e vez ou outra sai uma palavra que casa com algo e faz um sentidozinho.
Por acaso. Sempre assim. E há quem acredita que acasos não existem.


Jabor ao ler isso, torceria o nariz na mesma hora, com razão... E provavelmente pensaria em quem eu penso que sou para andar escrevendo bobagens à respeito de nada tomando o tempo do outro coitado que pára pra ler.

E eu, mais madura do que antes, nada diria. Mas as minhas palavrinhas adolescentes escreveriam algo do tipo: “E que o mundo se foda!”; “Vão todos à merda” ou quem sabe o clássico “Falar de mim é fácil, difícil é ser eu”... É triste admitir, mas dedos de palavras adolescentes estão sujeitos a escorregar nesses clichês revoltados e revoltosos.
É fato que ao escrever isso, cria-se um clã de rebeldezinhos amistosos e sem causa, mas eu, sinceramente, não tenho a menor intenção de atingir um publico tão “fervoroso”.

Tudo é sintoma teenage.
Fico feito uma barata tonta, porque leio o que eu escrevo e sequer sei definir. Digo pra mim mesma que isso é assim e fim de papo (coisa de escrita “aborrecente”), mas então depois de muito pestanejar e entender bulhufas, aceitando por fim o meu “destino” despeço-me de tudo dizendo: “Adeus mundo Cruel”.

Jogo os pés sobre a mesa, e só mesmo uma cerveja bem gelada pra me fazer engolir essa camada solta de não saber o que...



P.S.: Leitores Adolescentes, por favor, ao ler isso, não queiram me apedrejar em praça pública, por conta de minha analogiazinha... ;)

P.S.¹:
Caros amigos, perdoem-me pela escrita pobre. É a crise.
E ando concentrando minhas "energias" nos estudos, no trabalho e no livro que teimo em querer escrever

P.S.²:
Fica esclarecido aqui, que não tenho a menor pretensão de imitar os grandes escritores aqui citados. Não tenho sequer esse talento. A minha escrita é pobre, parca e amadora.



(Por: Livia Queiroz)


(POVOOO TO SEM PC POR UNS DIAS... MINHA PLACA MÃE FALECEU RSRSRSR
SAUDADES DE TUDO POR AQUI...)

domingo, 17 de maio de 2009

Esse tal cheiro

Essa coisa impalpável que faz centenas de caminhos aparecerem em minha frente, e é impossível de explicar.
É o cheirinho que tem o canto de sua boca.
Cheiro que diz que coisa boa está por vir: BEIJO!
Sigo com meus lábios calmamente sentindo a temperatura de seu queixo e de repente me vem o cheiro que povoa qualquer ambiente.
Saio da linha. Ao fundo de tudo isso todos os papéis se rasgam junto com as nossas vestes arrancadas delicadamente.

Esse mesmo canto de boca que ri escondido quando você gosta do que vê.
Esse mesmo canto de boca que esconde todo o meu corpo e ...
É esse canto de boca que espalha esse cheiro: Um "quase-desespero" por definição; Um "quase-muito" ansiando uma descrição que não vem, que não sabe como se fazer surgir.

E já beijei outras bocas. Ja cheirei outros cantos de bocas.
Mas não tem jeito!
O cheiro é só seu.

Saio rindo depois de algum "teste" ninguém entende, mas carrego a certeza: O cheiro é seu.
E por mais que insista em uma explicação acerca do tal cheiro, minha mente trabalha devagar talvez pelo êxtase em que me deito e me permito 'derramar-me' .

Eis que agora me vem na mente a "lembraça de varanda" em fim de tarde:
[...]
- É um cheiro bom meu anjo.
- Cheiro de que, amor?
- Cheiro do canto de sua boca.
- Como é esse cheiro?
- Não sei, mas sei que é só SEU.
- ...


(Por: Livia Queiroz)

P.S.: Post bem simples. Como o tal cheiro.


Ao som de Armandinho:
"A filha"

1 ano de Assuntos de Menina


1 Ano de Assuntos de Menina.
Passou rápido!
Só tenho que agradecer aos amigos blogueiros que por aqui passaram e deixaram seus comentários, fazendo valer à pena cada postagem que criei de maneira meio insegura achando que talvez eu pudesse não agradar.
Bom, mas deu certo. Pelo menos por um ano (rsrsrs).

Alguns agradecimentos especiais:
  • Anna Paula Rufynno ( que presenteou-me com essa imagem super meiga)
  • À Lorena Silva, grande amiga, uma escritora de mão cheia que sempre me encantou com seus escritos.
  • Camilla Ragazzi que sempre esteve por aqui comentando, o que pra mim sempre foi uma honra até porque sou fã dessa moça.
  • Ao Sebastião Soares, parceiro de ooooutros "carnavais" rsrs.
  • À Lola que sempre dava umas "espiadinhas" nas postagens antes de eu publicar, e dava a sua - sempre sabia - opinião.
  • E à todas as minhas musas e os musos inspiradoes...(Ê Laiaaaa)
É ISSO!
E QUE VENHAM MAIS E MAIS OUTROS ANOS DE MUITOS "ASSUNTOS"...

Mais uma vez Obrigada à TODOS que passaram por aqui!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

A cesta...



Como se uma aquarela infindável assaltasse meus olhos...
Como se eu não soubesse lidar com as minhas tristezas(quase voláteis) e o mundo risse de minhas mudanças repentinas de humor o tempo em que minhas lágrimas caem em forma de suor.

Como se a língua que eu falo não fosse a "pátria-minha", ou o idioma que ouço, me tivesse sido ensinado ao contrário.


Varro os olhos, as impressões, as faíscas do outro e guardo em minha cesta.
Podem não compreender.

E podem compreender até a última raiz de palavra que minha boca joga pra fora, mas que não vivam com os olhos semi-cerrados.


Minha cesta de restos aproveitáveis, trasborda-me ao compasso em que me ensina a agir no momento em que a vida me acontece.
Não adianta fugir, uma dia a cesta do outro nos cata, mas se eu contar o que sei de fato, o seu prazer se desmanchará como o sal na água virando apenas o meu suor de lágrimas...

Como se as pessoas soubessem o que fazer com seus restos...


Ninguém sabe. Ninguém entende nada sobre os fragmentos que deixam por aí.

Eu gosto desse lixo. Eu gasto. Cato. Uso. E jogo fora depois pra outro catar.
Apredendo assim. Reciclando experiências.
Não quero uma cesta vazia, senão terei uma alma murcha...


(Por: Livia Queiroz)

P.S.: Desculpem-me, caso isso não faça sentido para vocês...

Ao Som de: Zélia Duncan, "Eu não sou eu".

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Lacre

Então vai,

Desata os laços,

Os fins justificaram seus meios

E os abraços que se desfizeram.

E o que mais quiser.

Vai,

Volta pra’aquela vida descontente

Com amarras e limites

Barreiras e caos

Vá,

E denuncie minhas palavras

Volte pra onde quiser

Pode ir brincar de prisão.

Meus olhos estão trancados.


(Por: Livia Queiroz)