- E aí, como ‘cê tá?
- Indo...
- Indo pra onde?
- Sei não, qualquer lugar serve.
- Indo...
- Indo pra onde?
- Sei não, qualquer lugar serve.
Na instabilidade das horas pouso meus ombros
cansados como a querer colo de nem sei o que. E como se esse colo, fosse
salvação e desespero ao mesmo tempo e por mais que tentasse reconhecer suas formas,
um ou outro gesto, uma ou outra palavra desnorteasse esse reconhecimento.
Serve qualquer lugar por que, ir andando a esmo é minha especialidade e meu jeito de encontrar paz. Paz necessária. Paz que não dói. Que não murcha.
Serve qualquer lugar por que, ir andando a esmo é minha especialidade e meu jeito de encontrar paz. Paz necessária. Paz que não dói. Que não murcha.
E aí, num diálogo corriqueiro,
chego a conclusão de que ser assim e ir mesmo a qualquer canto - não como meio de fuga,
mas como um jeito de poder respirar melhor e visualizar de longe a situação a
fim não manchar mais telas por conta de falta de coordenação ou visão deturpada - é o que faço há anos.
Entendimento é sagaz. E a procura por ele pode ser um caminho audacioso...
Eu preciso ouvir minhas próprias
orações e entender as respostas. Deus age direito, Ele não brinca com a vida,
nem com a morte, nem com os destino, muito menos, com as escolhas... E é meio
desconexo falar de Deus e dizer que se quer ir a qualquer lugar, mas acho que
lá, ou aqui, ou onde quer que seja tem efeito igual ao de meus pulsos vivos. E
entender isso não requer grandes estudos ou estímulos. Ou...
Por: Livia Queiroz