Se tem uma
coisa que posso dizer sobre esse misto de palavras em versos, sobre esses
versos em rimas... Sobre esses vícios em sonetos, sobre esses sonhos diluídos
nas palavras de Sr. Ninguém, é que isso ainda vai matar o mundo.
E oro, e
imploro pra que isso aconteça o mais rápido possível... É que não me aguento,
não sustento minhas próprias pernas vendo tanta caricatura fúnebre.
A poesia há
de matar o mundo.
Há de dilacerar tal qual fera violenta o mundo das crueldades.
Há de implodir em grau de atomicidade o mundo das dores.
Há de acabar com o mundo onde se exterminam os sonhos, as borboletas e os gibis.
Há de dilacerar tal qual fera violenta o mundo das crueldades.
Há de implodir em grau de atomicidade o mundo das dores.
Há de acabar com o mundo onde se exterminam os sonhos, as borboletas e os gibis.
Oro pra que a
poesia acabe com a parte do mundo que se pinta de vil, de lamúria, de
leviandade... Imploro pra que ela encerre com maestria e frieza o mundo dos
apegos, das filas egoístas, das trilhas poluídas.
A poesia vai
acabar com o mundo e suponho que isso ocorra um dia antes de se findar a
primavera para que as sutilezas do verão deixem de ser as carnes ao sol e passe a ser o desenho das sombras pelas areias das
praias...
Para que as palavras formais também ganhem brilho, não pelo que significam, mas por causa de quem as pronuncia...
Para que os casamentos tenham finais felizes ainda que não sejam pra sempre...
Para que massinha de modelar tenha a mesma importância que as tabelas periódicas...
Para que todos os calendários sejam mais coloridos...
Mas para que, sobretudo, o mundo se revigore de si mesmo...
Para que as palavras formais também ganhem brilho, não pelo que significam, mas por causa de quem as pronuncia...
Para que os casamentos tenham finais felizes ainda que não sejam pra sempre...
Para que massinha de modelar tenha a mesma importância que as tabelas periódicas...
Para que todos os calendários sejam mais coloridos...
Mas para que, sobretudo, o mundo se revigore de si mesmo...
A poesia há
de acabar com o mundo.
E eu não me chamo quem eu sou.
E eu não me chamo quem eu sou.
Por: Livia Queiroz