Na verdade eu ia postar outro poema, mas esse aqui eu fiz ontem(16/11) à noite e decidi postá-lo hoje.
Ela que era geralmente relapsa
Se encontrava perplexa
Com o rumo complexo
Qua a situação tomou...
Compadecidos e estimulados
Talvez embriagados por tanta informação.
Ela comia batata-frita
Ele bebia vinho tinto.
Ambos ao som e imagem incandescente
Do Mestre Chico.
Ele falava-lhe sobre suas causas nobres
Sonhava com uma nova revolução
E ela queria apenas ter uma filha
E o xingava em inglês.
Acompanharam então, com precisão eloquente
O minar das proparoxítonas da plena Construção*.
Ele queria uma coisa
Ela também queria.
Ele desejava mostrar-lhe os livros que costumava invadir
Ela desejava mostrar-lhe as músicas que costumavam invadi-la.
Um sabor exagerado, mas nem por isso desgostoso, de diferença fritava
ao compasso dos passos apressados da garçonete.
Compartilhavam de maneira sólida as palavras e defendiam suas idéias:
Mirabolantes, exorbitantes, por vezes sincopadas em vaticínios prolongados
Isso aí era amizade.
Ele meio tonto. Ela meio gorda.
Ele quase um homem. Ela quase mulher.
(ambos à caminho desse cruel fim de linha)
Ele meio assim. Ela mais assim ainda.
Aquilo, daquele jeito, era amizade.
Saíram juntos do tal lugar
Ela ainda perplexa. Ele ainda convicto.
E cantarolaram o que não deviam.
Enquanto riam de si mesmos.
Descobriram por fim que o que ambos queriam era mais do que aceitável:
Queriam apenas uma poesia ritmada.
E quem ousaria impedir-lhes?
Afinal eram um Saxofone e um Violão.
Singela homenagem à Gleison Coelho e um brinde à nossa amizade.
(Por: Livia Queiroz)
Se encontrava perplexa
Com o rumo complexo
Qua a situação tomou...
Compadecidos e estimulados
Talvez embriagados por tanta informação.
Ela comia batata-frita
Ele bebia vinho tinto.
Ambos ao som e imagem incandescente
Do Mestre Chico.
Ele falava-lhe sobre suas causas nobres
Sonhava com uma nova revolução
E ela queria apenas ter uma filha
E o xingava em inglês.
Acompanharam então, com precisão eloquente
O minar das proparoxítonas da plena Construção*.
Ele queria uma coisa
Ela também queria.
Ele desejava mostrar-lhe os livros que costumava invadir
Ela desejava mostrar-lhe as músicas que costumavam invadi-la.
Um sabor exagerado, mas nem por isso desgostoso, de diferença fritava
ao compasso dos passos apressados da garçonete.
Compartilhavam de maneira sólida as palavras e defendiam suas idéias:
Mirabolantes, exorbitantes, por vezes sincopadas em vaticínios prolongados
Isso aí era amizade.
Ele meio tonto. Ela meio gorda.
Ele quase um homem. Ela quase mulher.
(ambos à caminho desse cruel fim de linha)
Ele meio assim. Ela mais assim ainda.
Aquilo, daquele jeito, era amizade.
Saíram juntos do tal lugar
Ela ainda perplexa. Ele ainda convicto.
E cantarolaram o que não deviam.
Enquanto riam de si mesmos.
Descobriram por fim que o que ambos queriam era mais do que aceitável:
Queriam apenas uma poesia ritmada.
E quem ousaria impedir-lhes?
Afinal eram um Saxofone e um Violão.
Singela homenagem à Gleison Coelho e um brinde à nossa amizade.
(Por: Livia Queiroz)