Me estraga quando faz qualquer vontade e ainda diz que eu posso tudo.
Me estraga porque me solta o quanto quero enquanto traça meu caminho de volta despretenciosamente.
Me estraga porque faz das noites miúdas, motivos justos e certos para que eu caiba em teu abraço, para que eu caía em sua conversinha mole, para que eu aceite seus truques manjados.
E, me entrega, tudo que tem seu sabor para que eu prove e diga se eu gosto. E eu sempre gosto de tudo: do canto da boca, do contorno de teu pescoço, da curva da cintura... Da carne ao carma... A doce agonia...E o "querer tudo ao mesmo tempo".
Me estraga quando diz que eu posso e devo voltar no dia seguinte e no outro e no outro e pra sempre porque os braços estarão abertos pra me guardar.
Me estraga com esse riso desleixado quando diz: "- Mimo meeeesmo, e daí?"
Estraga e entrega.
Entrega. Invade. Supre.
Estraga porque deixa!
Estraga porque "quer"!
E eu vou - como quem não quer nada, como se não soubesse onde isso vai dar - chegando perto e encontrando o que esteve tão ao meu alcance.
Paira, por fim, um beijo no ar, um beijo com o gosto de antes.
Com o gosto de tanto. Com o gosto que eu gosto.
(Por: Livia Queiroz)
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