domingo, 7 de agosto de 2011

Epílogo nº 02

Na nossa cama meu amor, espalham-se roseiras, moram todas as mais raras flores. Deita-se o desejo e derrete-se toda a gramática proibida.

No nosso quarto, Amor meu, decoramos as paredes em tons chamativos de felicidade e o chão é varrido para o amor se deitar sem a pressa dos relógios.

Na nossa casa, meu grande amor, repetem-se singelos os dias de rotina sem rótulos. Acordam ligeiros antes de nós, os minutos ansiosos para testemunhar o nosso Simples.

Nessa cidade, doce amor, as canções feitas nos decoram as extremidades do corpo. Os poemas declamados selam isso tudo. E o Sol se pondo, grita sua inspiração em raios que a Lua, por não ter brilho próprio, apenas aprecia.

Eis o nosso espetáculo de camas, quartos, cômodos, incômodos e beijos.

Eis o nosso resumo de vida toda: noite e lençóis...


(Por: Livia Queiroz)