Sim...
Sou dona de uma resistência calculada, que não permite que se desenrole a dinâmica cruel dos fatos mesquinhos do outro, mas que em contrapartida não me torna tão imperativa assim. Esses danos de mim que contenho, fazem-me excepcionalmente comum, contudo há ainda detalhes que, se por ventura me descuido, podem me levar ao poço mais fundo...
Sigo em busca do que me é produtivo e do que eu possa produzir na vida do outro. Isso não é restrito a um segmento de relações. O outro, na minha concepção, é todo aquele que não sou eu, mas que ao mesmo tempo é parte significativa do que sou. O outro, nesse caso, é meu outro lado, mesmo que semelhante... É o externo das partes que não consigo tocar.
Me doem as pessoas que se julgam amar imensuravelmente e que, partindo desse princípio, acham que, sobre todas as coisas, nunca erram. Tem gente miúda no mundo, miúda por dentro... Gente do tipo que usa e desusa o que ama e odeia ao mesmo tempo... Há gente ruim pelo mundo afora...
Calculo portanto, a dose de resistência que usarei com esse tipo, esse tal tipo que no início da conversa parece inofensivo, mas que com o desenrolar da história, vai deixando escapar nas entrelinhas o negrume de seus arredores. Uso a medida exata e pronto! Coloco o sujeitinho no seu nível... e sem mais, sigo à diante.
E venha vida, venha cheia pra mim!!!
(Por: Livia Queiroz)