quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Calma.Ria

“E como não dizer que essa calmaria no peito são as mãos de Deus sobre a minha cabeça?” (ABREU, Caio Fernando)

E como não atentar para as mudanças? Não exaltar a felicidade? Como não refletir a máxima fidelidade da serenidade?

Penso eu, que cada dia vem cheio de ferramentas para dar início à burilação. E que cada nova oportunidade vem sublinhando com exatidão os vínculos entre labuta e perfeição. A vida ensaia com esmero cada passo para a lida com os dissabores, com os amores idos, com as partidas sem volta dos entes amados, com os presentes que não chegam e com os que chegam quebrados. Nada disso é tão simples, que não mereça um trabalho árduo e nem tão custoso que implique em desistência.

O que acontece entretanto, é que a possibilidade de não enxergar o que há do outro lado da rua tornam complicadas as investidas... E quando, o medo de atravessar é tão maior que a necessidade de fazê-lo os caminhos já conhecidos ficam turvos de repente.

Sorte que, para tanto, vem Deus e pousa sobre os corações aflitos ungüentos à base de todo amor que tem. Vem Deus e serena a alma, enternece o espírito e a calmaria se faz reinar novamente dentro do peito.

“Passou, meu Deus, passou!”, digo baixinho entre o “Obrigada” e o “Amém”

Por: Livia Queiroz
Citação: CAIO FERNANDO DE ABREU